Brigitte Calegari | Blog

Setembro é o mês oficial das Semanas de Moda internacionais e premiações mundo afora — e um momento em que toda a indústria da beleza se volta para as passarelas para analisar as principais tendências da estação e as cores, técnicas e texturas que vão tomar conta do nosso feed nos próximos meses.

Mas, em meio a tantas produções ousadas e, cá entre nós, pouco usáveis na vida real, como conseguimos nos inspirar nessas criações para elevar o nosso look do dia a dia? A verdade é que as passarelas são nada mais que uma vitrine artística de extremos, que deve ser usada como um ponto de partida para inspirar a beleza da vida real, e não como um guia literal de tendências. Quer dicas de como fazer isso? Eu te ajudo:

Muitas vezes, os looks de passarela são exagerados para criar impacto visual. Na vida real, uma versão mais suavizada é mais do que o suficiente. Por exemplo, se olhos coloridos e brilhantes estão em alta, que tal começar por uma sombra colorida e levemente cintilante em toda a pálpebra?

Em vez de adotar um look completo da passarela, escolha um elemento que chamou sua atenção e incorpore-o ao seu estilo. Blushes super-rosados são o tom do momento — você não precisa se jogar, de cara, em uma versão mega saturada da cor, mas que tal usar um batom rosado nas bochechas para brincar com o visual monocromático?

Ama batom vermelho? Então experimente atualizar a cor por um vinho fechado, tom favorito das celebridades e maquiadores de red carpet nessa temporada. Ou, que tal brincar com o posicionamento do seu blush favorito, que foi levemente descolado das maçãs do rosto e subiu às têmporas em diversos desfiles nesta temporada?

Elevar a sua maquiagem do dia a dia não precisa de uma revolução no seu nécessaire de beleza ou de horas no TikTok para aprender novas técnicas. O segredo para sair da sua zona de conforto sem… desconforto, é começar com o básico. Já dominou o delineado gatinho tradicional? Que tal, então, se aventurar a criar versões gráficas ou coloridas do traçado? 

Maquiagem é, antes de qualquer coisa, sobre autoexpressão. Apesar das Semanas de Moda e red carpets serem uma fonte de inspiração quando o assunto é beleza, o mais importante é se sentir confortável e confiante na sua própria pele. Algumas tendências não são para todo mundo mesmo, e tá tudo bem. Mas, para você ter certeza que não é uma delas, que tal passar alguns minutos na frente do espelho brincando com os produtos que você já tem na penteadeira? 

Vale o teste.

Espero que tenham gostado das diquinhas e estejam prontas para adaptar as belezas da passarela para sua vida!

Beijos,

Brigitte.

Conhecidos como ''Os Loucos Anos 20'', foram uma época de efervescência cultural. E aconteceu também um grande fortalecimento da indústria de maquiagem. 

Antes, era comum que mulheres comprassem cosméticos em boticas ou até fizessem produtos caseiros. Mas com a ascensão do Cinema Mudo, a maquiagem se tornou indispensável para o elenco, maximizando as expressões faciais. 

A estética das melindrosas também foi um hit. As sobrancelhas eram extremamente finas e caídas, para um olhar dramático. Os lábios em forma de arco de cupido tinham formato de coração. Algumas mulheres preenchiam os lábios por completo, outras passavam o batom apenas no centro. A cor? Vinho, roxo, vermelho escuro e marrom.

Confira aqui o vídeo super fofo da década:

 

Gostaram de saber dos anos 1920?

Beijos,

Brigitte.

Não se fala de outra coisa: Barbie foi um fenômeno nos cinemas na produção da diretora Greta Gerwig.

De propagandas e colaborações de moda, a estética #Barbiecore tomou conta do nosso feed, nos envolvendo em um mundo influenciado pela beleza da boneca. Mas, será que isso é mesmo uma novidade?

A primeira boneca Barbie foi lançada em 1959 pela empresária americana Ruth Handler, que percebeu que as opções de brinquedos disponíveis para sua filha na época eram limitadas. Ela só podia brincar de ser mãe ou cozinheira, enquanto seu filho tinha brinquedos que o permitiam se imaginar como bombeiro, astronauta ou médico, por exemplo. Isso inspirou Ruth a criar uma boneca que mostrasse às meninas que elas tinham escolhas - e que poderiam ser tudo aquilo que quisessem.

Ao longo das décadas, a boneca Barbie evoluiu junto com a indústria da beleza, como um espelho de tendências e estilos da mulher contemporânea. Nos anos 1950, a Barbie original era a personificação do estilo e glamour da época. Seus cabelos loiros e penteados volumosos capturaram a essência da beleza daquela época.

Pouco tempo depois, versões com diferentes estilos e cores de maquiagem começaram a ser produzidas, refletindo a vibracidade dos anos 60. Em 1967, a Mattel, a marca-mãe da Barbie, lançou a primeira boneca inspirada em uma celebridade, baseada na modelo inglesa Twiggy, um símbolo da beleza daquela época.

Nos anos 1970, sombras em tons pastel começaram a colorir as pálpebras das bonecas, ao mesmo tempo que os cabelos ficaram mais loiros e a pele mais bronzeada, traduzindo os desejos estéticos da época. Foi também quando a Barbie passou a se parecer mais com a versão que conhecemos hoje, com sobrancelhas e queixo mais finos. Também foram lançadas bonecas com cabelos volumosos, inspiradas em nomes icônicos da indústria como Farrah Fawcett.

Em 1980, Barbies negras e hispânicas foram introduzidas ao mercado pela primeira vez. De polainas e meias-calças coloridas a rabos de cavalo lateral e laços enormes na cabeça, as bonecas traduziam com maestria a estética extravagante da época. Em 1985, a Mattel firmou sua primeira parceria com uma marca de moda, com Oscar de La Renta criando uma linha de vestidos glamorosos e brilhantes para as bonecas.

Nos anos 90, além de clássicos como a Barbie astronauta, CEO e ginasta, a Mattel apresentou pela primeira vez a Totally Hair Barbie. Com cabelos longuíssimos até o tornozelo, em texturas icônicas da época, como o clássico frisado, e adornados com presilhas e mechas coloridas, a boneca, que é o best-seller da linha até hoje, refletia o desejo absoluto daquela época por cabelos longos e volumosos. Celebridades como a atriz Elizabeth Taylor, a designer Donna Karan e a cantora Janet Jackson, símbolos da geração, ganharam suas versões da boneca nessa época.

A imagem da Barbie, contudo, sempre esteve associada a estereótipos de beleza que refletem padrões irrealistas e limitados da sociedade. Para muitos, esses estereótipos falham em representar corpos reais e contribuem para a disseminação de ideais inatingíveis de beleza. Embora as discussões sobre essa questão tenham ganhado relevância no final dos anos 90, somente na década de 2010 a linha de produtos da Barbie começou a se diversificar, introduzindo bonecas com diferentes silhuetas que finalmente passaram a representar a diversidade e a mulher contemporânea de forma mais inclusiva.

Hoje, além de um comprometimento com a diversidade, a Mattel também promove uma série de parcerias entre a boneca e mulheres inspiradoras, como a renomada maquiadora Pat McGrath e a empresária de beleza Huda Kattan, oferecendo às crianças a oportunidade de se identificarem com figuras femininas de destaque.

E você, já assistiu ao filme? Conta aqui pra mim o que achou!

Confira mais da história aqui:

Beijos,

Brigitte.

Por aí, você ama blush como aqui? 

Vem aprender a usar cada um deles a ordem certa para um rubor duradouro e as várias formas de aplicação.

Ele é uma das opções para você conquistar um coradinho lindo. “Como ele é um produto super pigmentado, na maioria das vezes, você pode aplicá-lo antes- sim, antes! - da base para conseguir um efeito mais natural, mais suave”, ensina Brigitte Calegari.

“Aí, você vai ter um efeito mais translúcido, como se fosse um rubor mesmo, aquela coisa que vem de dentro pra fora.” Você pode usá-lo, óbvio depois da base, mas por ser um produto líquido, precisa vir antes de qualquer produto em pó, ok?

“Eu gosto muito de usar um pincel duo fiber para aplicar o blush líquido, de novo, para conseguir um visual mais natural. É só fazer movimentos circulares” Vale também usar outros pincéis que seja mais achatadinhos ou até mesmo uma esponja para dar acabamento e suavizar transições. Funciona super bem. 

“Gosto muito de misturar o blush líquido com o iluminador líquido, para um look mais luminoso. Fica um efeito super bonito na pele”, fala Brigitte.

Para Brigitte, essa textura é a mais fácil de aplicar, se comparada com o blush em pó. “Na minha opinião, ele é um dos produtos mais intuitivos, entre o líquido e o em pó. Por que? Diferentemente do blush em pó, o blush cremoso pode ser corrigido caso você tenha aplicado demais ou não tenha ficado do jeito que tenha imaginado.

Se achar que ele ficou muito pigmentado ou marcado, você consegue suavizar o blush cremoso (sem falar que ele é menos pigmentado em relação ao líquido)”, fala Brigitte.

"Ele tem que ser aplicado antes de qualquer produto em pó, ok? Minha sugestão é que você não aplique o pó em cima desse blush para não tirar essa cremosidade dele, sabe? Esse efeito mais viçoso que ele traz para a maçã do rosto, um quê mais. Também adoro aplicar o blush cremoso com uma pequena esponja ou com um pincel achatadinho, dando batidinhas.”

Bem, ele é um blush clássico e a gente tem no mercado inúmeras opções, tanto em relação à pigmentação, como em relação ao acabamento. “Se for um blush pigmentado, melhor sempre usar o excesso do pincel antes de levar ao rosto, ok? E eu gosto sempre de usar um pincel que seja mais fofo, que tenha mais cerdas mais longas, para conseguir um efeito mais translúcido.”

Nesse caso, Brigitte aplica o blush em pó sempre depois do iluminador, na hora de construir essa maquiagem.

“Quer uma dica muito legal? Use o mesmo pincel que você usou para aplicar o iluminador, com aquela ‘sujeirinha’ do produto, e você consegue criar um efeito mais bonito. Fica uma transição mais delicada do iluminador pro blush”, ensina.

“Você acaba tendo uma cartela maior de cores e possibilidades: dá pra usar blushes coloridos de diversas texturas e acabamentos”, ressalta Brigitte.

Mas pensando no blush como rubor, como aquela maquiagem que embeleza, uma make de bonita, a ideia é replicar a ideia de coradinho nas maçãs do rosto. “ Então, ele está associado ao sangue, à cor vermelha. Por isso, você pode usar outras cores de blush desde que estejam associados ao vermelho, trazendo esse tom na composição - tons de laranja, de pêssego, de rosa.”

“Em relação à fixação e durabilidade desse blush, você pode fazer o combinho de blush líquido com blush em pó ou blush cremoso com blush em pó. A dica é usar um produto líquido ou cremoso por baixo e um blush em pó por cima. A gente vai ter uma fixação assim infinta”, fala Brigitte. 

Onde aplicar o blush? A ideia é focar nas maçãs do rosto. “Mas diante desse ponto de referência, você pode aplicar esse blush de forma mais central, caso você queira um efeito mais delicado. Ou mais na diagonal, usando a maça do rosto como base, mas subindo um pouco mais o produto para alongar e levantar a face” fala Brigitte que confessa curtir os dois formatos.

E finalmente, um truque para quem gosta de MUITO blush: não trazer os blushs exclusivamente nas maçãs. “Eu acho importante você criar uma conexão ali. como um sunkissed. Para não deixar esse rubor de um ponto até o outro sem nenhuma conexão. É bacana trazer esse blush de alguma forma ali, nem que seja uma pincelada só pra trazer mais naturalidade”, ensina ela.

E aqui mais um curiosidades sobre o mundo da beleza!

Desta vez é em homenagem à uma das marcas que mais admiro e que mais 

tem histórias pra contar: Guerlain.

Vocês sabiam que a Guerlain é a marca de perfumes mais antiga do mundo? E que foi fundada em 1928 por Pierre-François Pascal Guerlain. A abelhinha, símbolo da marca, foi criado por Monsieur Guerlain quando desenvolveu o perfume Eau de Cologne Impériale em 1853 para a Imperatriz Eugenie usar no dia do seu casamento com Napoleão III. Foi aí que ele se tornou um sucesso e se consagrou como perfumista -- até porque a Imperatriz Eugenie era super antenada e influenciadora para a época!

Ao observar uma vela escorrendo em um castiçal sobre a mesa, Pierre François Pascal Guerlain teve a ideia do que viria a ser o primeiro batom em bala na história da maquiagem — em meados de 1880, feito de toranja misturada à manteiga e cera. Para permitir uma aplicação fácil, com apenas uma mão, Pierre envasou a cera do batom dentro de um pequeno castiçal, que já era acompanhado de um case refilável feito em ouro. Surge então, Ne M’oublie Plas, um clássico Guerlain, na cor vermelha, que traz inspira até hoje a coleção de batons Rouge G.

Babado até hoje, Terracotta foi o primeiro pó bronzeador do mundo e, vamos combinar, puxou uma fila de produtos que não saem mais do nosso nécessaire. Criado em 1984, foi inspirado nos reflexos do sol e na extensão da areia em uma viagem ao coração do deserto. O resultado foi uma forma de sol compacto, revolucionando o mundo da maquiagem e proporcionando um toque de verão o ano todo sem os malefícios do sol ou você precisar pisar na praia. Voilá!

Tudo começou quando, em 1987, inspirada pela luz, Guerlain cria o pó iluminador Météorites com pó de diamantes e protegido por uma caixinha de joias tais quais as da realeza francesa. Dizem que na França, desde então, criou-se o ritual de presentear as meninas ao completarem 15 anos, com o pó Météorites, que ilumina, uniformiza e dá viço a todos os tons de pele. Com sílica em sua composição, é perfeita para peles oleosas, se encaixando perfeitamente na rotina de beleza da adolescência.

Me conta, qual foi a curiosidade que mais te surpreendeu? 

Beijos,

Brigitte.

Os primeiros ingredientes usados para criar o batom foram cera de abelha com insetos amassados por volta de 5.000 a.C.

A responsável por associar o batom à beleza feminina, como conhecemos hoje, foi a rainha Cleópatra. Maravilhosa, né?

Os lábios coloridos já foram associados à pecados capitais na Idade Média, como vaidade e luxúria, e eram proibidos pela Igreja.

A Inglaterra acusava de bruxaria as mulheres que usavam batom e maquiagem, 

isso por volta de 1700.

Foi a Guerlain, em meados de 1870, que iniciou as vendas de batom como um item comercial. Incrível, não é?

Por volta de 1900, o movimento das sufragistas reivindicava a independência e o direito ao voto feminino nos EUA - e o batom vermelho virou o símbolo deste movimento. A responsável foi Elizabeth Arden, que distribuiu para as mulheres que participavam da marcha unidades do batom de sua marca homônima.

Segundo a Vogue Francesa, o Rouge Dior é o batom mais vendido do mundo - com 2 unidades POR SEGUNDO! Fiquei chocada com essa informação!

E agora me conta, o que mais você gostou de saber?

Beijos, 

Brigitte.